domingo, 15 de janeiro de 2012

Menina, nos teus olhinhos vejo a beleza do mundo: você é muito mais do que pensa.



Antes de mais nada, amor, to me sentindo tão doce, tão bem, tão inteira. É como diz a música, “ainda estou confuso, só agora é diferente”. Acho que a diferença, essa doçura, é eu estar feliz comigo mesma. Eu me entendo, eu gosto de mim, eu não estou mais preocupada em me mudar. Tem tantas coisas piores que eu poderia ser, que poderia sentir, que poderia fazer. Também não me sinto mais solitária, meu bem, eu gosto da minha companhia, eu gosto quando fico sozinha e eu vejo que tenho bem mais pessoas do que imaginava que tinha. Eu estou mudando, meu amor, eu estou mudando sem tentar, e essa é a melhor sensação que eu poderia ter. E esse, esse é um recado para a menina de alguns meses atrás, sentada na sua varanda, observando o sol nascer e pensando que nunca poderia ser nada mais do que era. Que se sentia errada, como se fosse um produto estragado de fabricação Made in China, impossível de ser agüentada. Menina, nos teus olhinhos vejo a beleza do mundo: você é muito mais do que pensa. Você é apenas um produto normal, não se põe nesse lugar tão especial, mas tão baixo. Menina, esse ano vai te transformar, você vai ver tudo de um jeito tão diferente. E, como diz o Caio, repito baixinho quantas vezes for preciso para se tornar real: “que seja doce, que seja doce, que seja doce, que seja doce” mil vezes. Infinitas. Que seja infinito o amor, que seja infinita a doçura que vem com o amor. Que os amantes se beijem, que os telefones toquem, que os livros sejam lidos, que os professores ajudem a pensar e não ensinem a obedecer, que a chuva caia e molhe os apaixonados, que os ventos tragam ou levem os amores e as palavras, que as cartas cheguem. Que a sua carta chegue. Porque sim, meu amor, eu to escrevendo pra alguém que eu não sei quem é, mas quero saber. Quero poder escrever pra alguém. E, quem sabe, esse alguém seja eu. Eu, que to escrevendo tudo que me vêm a mente, sem parar pra pensar, ponderar, eu to (d)escrevendo a doçura que tá a minha alma nesse momento, porque assim quem sabe, eu possa entender: to amando. To amando não alguém ou algo, to amando o infinito. 

- Nina Auras ( Palavras ao vento)
 

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