As coisas pareciam bem... Ao menos por fora...
Porém, em seu interior havia algo errado.
Que vida era aquela?
Que vida era aquela?
Os ataques de pânico voltaram, não tão intensos, mas, ainda perturbadores e a única diferença era que agora, sozinha, ela já sabia como lidar com eles. Quanto as pessoas que a cercavam, algumas não entendiam, outras ajudavam-na, mas, a grande maioria não tinha paciência, nem para entender, nem para ajudar...
(...)
Já dizia Clarice: Somos apenas corpos vivendo.
Pensando nisso, ela cobre o rosto como se chorasse. Os pensamentos cobertos por longos véus cinzentos, escorridos e nebulosos que cobrem as idéias e o resto dum brilho de entendimento que aos poucos se apaga. O que restava daquele corpo? Nele há um tanto de dor que ainda lhe escalda... Uma dor que é eco do passado... Uma dor-velha-conhecida... E a dor guardada - sabia bem - dói mais que aquela que explodiu o peito, arrebentando as resistências.
A dor guardada vai corroendo quieta as paredes da alma, dilacerando-as. Quando se vê, as paredes não podem mais ficar de pé. Desmoronam lentas, arranhando a essência.
Era assim, desmoronando por dentro, que estava aquele corpo (que aos olhos dos outros, era apenas mais um, caminhando de queixo erguido, entre a multidão).
Susana - Inércia
3 comentários:
Laaaaay
Obrigada por dedicar um espacinho a post meu!
(*=
De nada amr,eu adoro seus post's,sempre me indentifico!
De nadaa amr! O prazer é toodo meu,adoro seus textos.
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